Em cartaz nos cinemas brasileiros desde 23 de maio de 2025, Missão: Impossível – O Acerto Final marca o (possível) capítulo derradeiro da franquia estrelada por Tom Cruise. Sob a direção de Christopher McQuarrie, o longa reúne a já célebre combinação de cenários globais, perseguições vertiginosas e a habitual ousadia dos bastidores de ação prática — com Cruise realizando grande parte de suas próprias cenas arriscadas.
Após o sucesso de público de “Dead Reckoning – Parte 1”, as expectativas giravam em torno de como o enredo — influenciado por temas de inteligência artificial e lealdade à equipe IMF — se encerraria de forma satisfatória. O resultado é uma narrativa que equilibra momentos de tensão extrema com uma homenagem a toda a mitologia construída ao longo de oito filmes.
Roteiro e narrativa: escala épica com pitadas de homenagem
Escrito por Christopher McQuarrie e Erik Jendresen, o roteiro aposta na urgência global trazida por uma ameaça digital capaz de paralisar redes inteiras. Embora a complexidade de referências aos filmes anteriores exija certa familiaridade, o texto consegue funcionar como um standalone graças à dinâmica clara estabelecida desde o primeiro ato. A alternância entre ação frenética e pausas para desenvolvimento de personagem confere ritmo e evita que o longa afunde em sua própria grandiosidade.
Elenco e direção: veteranos em perfeita sintonia
Tom Cruise retorna com o vigor de sempre, sustentando não apenas as cenas de risco, mas também os arcos emocionais de Ethan Hunt. Hayley Atwell, como Grace, e Simon Pegg, no papel de Benji, ganham destaque em sequências que vão do íntimo ao espetacular. Ving Rhames e Pom Klementieff reforçam a coesão do time, enquanto o veterano Henry Czerny retorna para eliciar nostalgia. McQuarrie demonstra mais uma vez habilidade em orquestrar sequências de grande escala sem dispersar a atenção do espectador.
Efeitos visuais, trilha sonora e ação prática
A produção valoriza a ação prática acima de CGI, com cenas de perseguição em alta velocidade e confrontos subaquáticos que remetem a clássicos como “O Segredo do Abismo”. A cinematografia se beneficia do formato IMAX em momentos-chave, amplificando o impacto enquanto a trilha sonora remixa o tema clássico de Lalo Schifrin com elevações orquestrais modernas. O resultado é imersivo e reafirma o legado de “Missão: Impossível” como referência em entretenimento de alto risco.
Impacto cultural e legado da franquia
Com 89% de aprovação no Rotten Tomatoes e boa recepção nas bilheterias, este longa se consolida como um marco para a franquia — tanto em inovação técnica quanto em nostalgia saudosa. Para fãs antigos, os easter eggs e retornos de personagens oferecem um fechamento digno. Para novatos, a experiência é um convite ao catálogo completo de Ethan Hunt. A combinação de adrenalina, humor sutil e sentimentalismo torna O Acerto Final um encerramento à altura de uma das sagas mais longevivas do cinema de ação.
Por que você deve ver
Seja para testemunhar Tom Cruise desafiando a gravidade em sequências inimagináveis, seja para se emocionar com a despedida de personagens tão marcantes, Missão: Impossível – O Acerto Final oferece emoção do primeiro ao último minuto. Com equilíbrio entre espetáculo e coração, o filme cumpre sua missão de fechar um ciclo e deixar o público ansioso por futuras (im)possibilidades.